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 sobre 

No início dos anos 2000 Marabá já havia formado um cenário cultural que amadurecia, paulatinamente, sua organização. Haviam escritores, pintores, palhaços, atores, músicos, fotógrafos, uma sorte de pessoas que buscavam nas artes um projeto de vida.

Neste período, mais precisamente em 2002, a geógrafa e artista plástica, Vitória Barros, incentivada pelos companheiros artistas, empreendeu um espaço cultural que pretendia ser completamente diferente dos já existentes na cidade, um espaço independente, que funcionasse a partir do espírito colaborativo da comunidade artística local. A época, a produção plástica marabaense havia estado em destaque no circuito de arte regional por uma exposição realizada na Galeria Graça Landeira da Universidade da Amazônia (UNAMA), em Belém, reunindo Antônio Botelho, Vitória Barros, Marcone Moreira, Antônio Morbach e Edmilson Gomes.

No auspicioso 8 de março daquele ano, Vitória Barros inaugura a primeira Galeria de Arte em Marabá com a afamada exposição dos “cinco”. A casa da família tornou-se galeria, adaptando sala, quarto e cozinha à outras experiências afetivas e estéticas, pronta para acolher um público diverso, de artistas, educadores, estudantes, turistas, e toda sorte de curiosos.

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Logo no primeiro ano, o recente espaço cultural da cidade conseguiu movimentar um grande público, motivando novas atividades e orientando o que seriam as diretrizes do Instituto de Arte Vitória Barros, criado somente 13 anos depois, em 2015. A criação foi uma afirmação deste compromisso, em que depositamos nas artes uma grande carga de responsabilidade social. Hoje, como uma instituição cultural sem fins lucrativos, a família vitória barros vê-se cada vez mais impelida a estender sua atuação e garantir experiências culturais de qualidade a um público diverso, e para isso estamos trabalhando, investindo em gestão, comunicação e infraestrutura.

Dois são os pilares do Instituto de Arte: a GALERIA, que mantem-se como um espaço democrático de difusão e promoção das artes visuais, sobretudo em relação aos artistas locais. É, também, um espaço que fomenta ações educativas, a partir de parcerias com instituições de ensino em geral, servindo-se como instrumento pedagógico na formação de alunos e professores; Atendendo uma demanda local, os LABORATÓRIOS DE CRIAÇÃO, constituem a veia pedagógica da instituição, com turmas permanentes para crianças, jovens e adultos, de desenho, pintura e musicalização em diversos instrumentos e canto.

 

 

São muitos anos de trabalho colaborativo realizado graças aos inúmeros parceiros conquistados. Entendemos que somente a partir da cooperação é possível sonhos como este se tornarem realidade, e mais, manter-se vivo por tanto tempo. Conheça mais sobre nosso trabalho e colabora também!

Espaço colaborativo

e (muito) educativo

 

Ulisses Pompeu

jornalista e cronista marabaense

 

Criada há 15 anos, a Galeria de Artes Vitória Barros, recentemente transformada em Instituto de Artes, vem cumprindo com êxito seu papel como articulador do desenvolvimento e bem estar social ao oferecer uma gama de atividades a um público amplo, em um esforço que conjuga operários da arte em prol da educação de crianças e jovens.

Dentre suas diversificadas áreas de atuação, o instituto se caracteriza como um democrático disseminador de conhecimento, uma importante ferramenta para a educação e transformação da sociedade, levada ao público de grandes instituições, mas também para escolas pequenas por meio da itinerância de exposições.

Ao possibilitar o livre acesso às artes plásticas, o Instituto incentiva a produção artística, promovendo a formação e qualificação de um público que habita os quatro cantos desta cidade. Aqui, artistas colaboram o tempo todo e os trabalhos em exposição são ferramentas pedagógicas para a alma.

A galeria-instituto é um espaço tão democrático que nele frequentam juízes, promotores, professores, alunos, vendedores, analfabetos, que interagem com o espaço de acordo com sua cosmovisão.

Este instituto é, talvez, o único espaço de exposições que não pertence ao setor público em Marabá que perdura há mais de uma década. A longevidade não consiste em recebimento de verba pública, mas no esforço de uma equipe de trabalho que se mobiliza permanentemente para a sua manutenção.

A credibilidade alcançada pelo Instituto Vitória Barros nesse âmbito faz da entidade uma referência estadual, o que revela a reciprocidade entre suas ações e políticas e as atuais necessidades de sua clientela.

E o que mais me impressiona é que sua mentora, a artista Vitória Barros, atua nos bastidores, não quer holofotes, preferindo que colaboradores e entusiastas do instituto apareçam. É uma atitude que denota humildade, mas ao mesmo tempo Vitória é uma visionária de que as mazelas sociais se transformam pela arte.

Então, que a arte desta casa viva e faça as mutações necessárias – sempre para melhor.

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