top of page

Galeria de Arte Vitória Barros recebe bate papo literário com o tema “Produção de foto-livros na reg


O Programa Galeria Aberta de 2018 inciou no último dia 03 de agosto com a exposição Desejo de Estrangeiro, da fotógrafa Cinthya Marques e segue sua programação com o bate-papo literário “Produção de foto-livros na região norte: desafios e possibilidades”, nesta sexta-feira, 17 de agosto às 19h.

Na ocasião serão lançados dois foto-livros, “Desejo de Estrangeiro” de Cinthya Marques referente à exposição em cartaz na galeria, e o livro “Amazônia”, do fotógrafo belemense Rodrigo Correa. Ambos os projetos foram contemplados pela Bolsa de Produção e Difusão Artística da Fundação Cultural do Pará (FCP), em 2016 e 2017, respectivamente e lançados pela editora Raio Verde.

foto de cinthya marques

DESEJO DE ESTRANGEIRO

A narrativa presente no foto-livro “Desejo de Estrangeiro” propõe discutir dentro dos registros da vida urbana as noções de transitoriedade, pertencimento e identidade. Desse modo, a artista busca tecer relações com a cidade a partir de questionamentos sobre o local em que vive e em busca de pertencimento. O projeto conta com um texto da pesquisadora Marisa Morkazel, que apresenta trabalho com um texto argumentativo-descritivo. Além disso, a escritora Mayara La-Roque escreve um conto que compõe a publicação. Materializado em publicação, “Desejo de Estrangeiro” ressalta a importância de discutir os processos de criação das poéticas existentes entre o ser estrangeiro e o estar andarilho deste mundo, em busca de uma possível estética da existência.

foto de rodrigo correa

AMAZÔNIA

Com o projeto gráfico de José Viana, a obra é composta por mais de 50 fotografias feitas entre 2013 e 2016, além de um texto escrito em parceria entre Rodrigo e José, que narra a trajetória do artista em busca das imagens que representam a memória do fotógrafo deste território. O livro também se constitui como um trabalho de citações a partir de referências como os fotógrafos Pedro Martinelli, Luiz Braga, Claudia Andujar, Miguel Rio Branco, Elza Lima, Paula Sampaio, Sebastião Salgado, Miguel Chikaoka e Jorge Bodansky - claras referências ao jovem artista.

Como sugere o título do livro - apenas com o nome da região brasileira localizada no norte do país na qual o Pará está inserido e sem nenhum adjetivo para caracterizá-la -, o livro tem um tom minimalista, o que é confirmado pelo próprio conteúdo, com fotografias em preto e branco. A escolha pela ausência de cor, a despeito do verde mata conhecido e intensamente presente na história da fotografia na Amazônia, foi feita para remeter ao estilo documental clássico, de quando começaram a produzir fotografias com esse caráter.

"Passei por cidades como Santarém ,Belém, Mazagão, Prainha, Alenquer, Monte Alegre e o processo de fotografar foi se dando no meio do caminho, com a descoberta de sentidos no meio dos caminhos que percorri. Ia fotografando de acordo com o que imaginava, de forma livre, pensar como poderia ser uma outra representação, que não a do exótico. O exótico me traz um incômodo, na medida em que se trata disso enquanto realidade. Não que o livro trate da realidade, mas joga com ela", explica o fotógrafo.

O artista vai reverter a renda da venda dos livros para a realização de uma exposição com as fotografias que compõem a obra.

Sobre o artista

Rodrigo Correia nasceu em Belém e a maior parte da sua produção é de natureza documental e retrata os interiores do Pará. É formado em Publicidade e atua profissionalmente como fotógrafo há 10 anos. Já participou de diversas exposições coletivas, como "Alfabeto de Ficções", na Associação Fotoativa; salão de arte Primeiros Passos, na galeria do CCBEU; e "Sobre Territórios e Escritas Contemporâneas", na Galeria Fidanza. Foi artista convidado para o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.

A visitação da exposição “Desejo de Estrangeiro” segue até o dia 24 de agosto.

Visitações podem ser agendadas pelo número 3324 1258

Agende uma visita conosco pelo telefone 94 3324 1258.


bottom of page