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III Mostra de arte MULHERIL


Em 2007 foi a primeira tentativa da GVB em realizar uma exposição na qual a figura a ser pensada era a mulher, com curadoria de Vitória Barros e colaboração do artista belemense João Cirilo, juntos realizarão a exposição Mulher imagem, mulher signo. Retomada à ideia junto ao Alixa Santos, professor e artista visual, em 2013 aconteceu a produção da 1ª mostra Mulheril com uma divergência semântica curiosa, a dúvida era o que seria mais acertado: Mulheril ou Mulherio.

Mulheril: adjetivo. Pertencente ou respeitante a mulheres; que é próprio de mulheres; feminino, feminil. Diz-se do homem mulherengo.

Mulherio: substantivo feminino. Reunião de mulheres que estão num só lugar; grupo de mulheres; mulherada. Pode ser referir as mulheres de uma forma geral (sem especificar). Etimologia (origem da palavra mulherio). Mulher + io. (Dicionário online de Português)

Aquele mulherengo pegou! E parece que o tal do L denotou um quê de pejorativo. Alguma baixeza sutil que deformava a pureza do feminino e nos condenava novamente à margem. Por outro lado nos qualificava, flexionado como ser humano, o mulheril propunha não uma reunião de mulheres mas sim um compartilhamento do que diz respeito à mulher. Ao ser mulheril é permitido experimentar e sentir toda matéria e transcender os limites que separam arte, vida e ativismo. Do comportamento ao ateliê de artista, a mostra traz o corriqueiro depurado ao modo particular de cada uma participante, Ezita Machado, Lúcia Gomes, Aline Fonseca, Vitória Barros, Liris Pimentel, Bruna Soares, Diná, Creuza Salame, Paula Correa, Lara Borges, Tereza Bandeira, em seu tempo e sobre cada uma, uma responsabilidade, um compromisso e causas próprias. Sejam em seus corpos, ou sob outras formas, a cada obra corre a vicissitude urgente da vida; o desejo de enfrentamento. Nesta terceira edição do Mulheril, saudamos o feminino em cada um!

Natacha Barros, curadoria


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